O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula, Paulo Pimenta, teria ligado a família do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) às milícias em uma publicação nas redes sociais sobre o combate ao crime.

Na publicação, divulgada no X (antigo Twitter) neste domingo, 3, o petista disse que o combate ao tráfico de drogas e comemorou o trabalho feito pela intervenção militar promovida pelo governo em portos e aeroportos. De acordo com o Ministério da Justiça, a GLO (Garantia da Lei e Ordem) apreendeu cerca de R$ 1,4 bilhão desde novembro de 2023.

Sem citar nomes, Paulo Pimenta falou sobre o repasse de salário para Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) que supostamente teria se envolvido no esquema de “rachadinha” e teria efetuado depósitos na conta bancária da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

“Acabou o tempo que traficante miliciano tinha mãe e mulher nomeada em gabinete de deputado para depositar o dinheiro na conta do Queiroz para pagar as contas do dia a dia da famiglia (sic)”, escreveu o ministro.

Relembre o caso

A suposta prática de “rachinha” no gabinete de Flávio na Bolsonaro veio à tona em 2018, época em que o parlamentar era deputado estadual na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Ao todo, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) rastreou mais de R$ 2 milhões recebidos por Fabrício Queiroz. Parte desse montante teria sido incorporado ao patrimônio de Flávio Bolsonaro.

Entre as transações feitas pelo ex-assessor, foi identificado um cheque no valor de R$ 24 mil para a então futura primeira-dama Michelle Bolsonaro. À época, Jair Bolsonaro afirmou que se tratava da parte de uma dívida de R$ 40 mil que Fabrício Queiroz tinha com ele.

Sobre o caso da “rachadinha”, a 5ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) manteve a decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que rejeitou, em vez de arquivar sem resolução de mérito, a denúncia contra Flávio Bolsonaro.