O ministro da Fazenda do Chile, Mario Marcel, deixou o cargo nesta quinta-feira (21), em uma reforma de gabinete que incluiu outros dois ministérios, a sete meses do fim do governo do presidente de esquerda Gabriel Boric, anunciou a Presidência.
Marcel era um dos ministros mais influentes do gabinete e ocupava o cargo desde o começo do governo Boric, em março de 2022, quando sua nomeação foi interpretada pelos mercados como um sinal de moderação. Ele foi substituído por Nicolás Grau, que ocupava o cargo de ministro da Economia, pasta que ficará com Alvaro García.
“A equipe econômica tem mudanças importantes, mas nosso governo vai seguir avançando na direção da responsabilidade fiscal”, ressaltou Boric na cerimônia de mudança de gabinete. Marcel deixou o cargo por motivos pessoais, acrescentou.
Antes de assumir como ministro, Mario Marcel presidia o Banco Central do país. Também atuou na OCDE e no Banco Mundial.
Economista independente vinculado ao Partido Socialista, Marcel teve a missão de normalizar a economia chilena pós-Covid. Em 2022, a inflação atingiu 12,8% no país, o maior nível em três décadas, devido aos auxílios sociais aprovados durante a pandemia.
Com pouco tempo no cargo, Marcel sofreu um grande revés quando o Congresso rejeitou uma reforma tributária proposta por ele para financiar os projetos sociais prometidos por Boric.
Durante a gestão de Marcel, a inflação diminuiu e deve fechar 2025 em 3,7%, levemente acima da meta do Banco Central (3%). O PIB deve crescer entre 2% e 2,75%, segundo dados oficiais.
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