Ministro da Defesa de Israel diz que Exército terá que ‘executar’ as decisões políticas sobre Gaza

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou nesta quarta-feira (6) que o comandante do Estado-Maior, Eyal Zamir, tem o direito de “expressar suas opiniões”, mas que as Forças Armadas terão que “executar” qualquer decisão do governo sobre Gaza.

Há vários dias, a imprensa israelense destaca as reservas e até mesmo a oposição do comandante do Estado-Maior à decisão do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de ampliar as operações do Exército em Gaza.

“É direito e dever do comandante do Estado-Maior expressar sua posição nos fóruns apropriados”, comentou o ministro na rede social X.

“Mas, depois que as decisões forem tomadas na esfera política, o Exército as executará com determinação e profissionalismo (…) até que os objetivos da guerra sejam alcançados”, ressaltou Katz.

“Como ministro da Defesa, responsável pelo Exército em nome do governo, devo garantir que estas ações sejam essas executadas”, insistiu.

“A recusa do Hamas em libertar os reféns exige a tomada de decisões adicionais sobre como avançar com os objetivos da guerra: eliminar o Hamas e, ao mesmo tempo, criar as condições para a libertação dos reféns e garantir a segurança das localidades israelenses a partir de agora e para sempre”, afirmou Katz.

Netanyahu teve na terça-feira uma “reunião restrita de segurança de quase três horas, na qual o comandante do Estado-Maior do Exército apresentou as opções para a continuidade das operações em Gaza”, segundo o gabinete do primeiro-ministro.

Segundo a imprensa israelense, Netanyahu reunirá seu gabinete de segurança na quinta-feira para tomar as decisões finais.

A imprensa israelense, que cita fontes do governo que pediram anonimato, afirma que o governo planeja uma nova ampliação das operações no território palestino, incluindo áreas onde os reféns podem estar detidos e em zonas densamente habitadas.

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