ROMA, 3 NOV (ANSA) – O novo ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, criticou nesta quinta-feira (3) os museus do país cujas entradas são gratuitas, um dia após provocar polêmica ao reclamar que as Gallerie degli Uffizi, de Florença, ficaram fechadas na véspera do feriado de 1º de novembro.
“Os nossos museus são gratuitos até 18 anos, existem vários tipos de concessões e entrada gratuita todos os primeiros domingos do mês, mas a não cobrança de entrada representa um problema de recursos, uma vez que todos os anos a arrecadação de ingressos de museus é de cerca de 250 milhões de euros”, disse em entrevista ao Tg1, principal telejornal da TV italiana.
Para ele, essa gratuidade nos museus “esgotaria” o tesouro da Itália. “Não vejo por que o grande bilionário californiano que desce de seu iate ou helicóptero não pode pagar o bilhete para entrar em um museu italiano”.
Durante a entrevista, Sangiuliano anunciou que a iniciativa que prevê a entrada gratuita nos museus estaduais será retomada no próximo dia 6 de novembro. No entanto, afirmou que “não cobrar o acesso ao museu é errado”.
“É errado porque empobrece o valor do nosso patrimônio cultural e, em todo caso, coloca um problema de recursos dado que o Estado italiano arrecada anualmente cerca de 250 milhões de euros de bilhetes de museus”, enfatizou ele.
O ministro do governo da premiê Giorgia Meloni explicou ainda que a pasta está fazendo muito para garantir o acesso aos museus. “Estou pensando em entrada gratuita para crianças até 18 anos, entrada por apenas 2 euros até 25 anos, concessões para categorias protegidas e, em particular, à entrada gratuita todo primeiro domingo do mês”, acrescentou.
Por fim, Sangiuliano disse que tem mais de 6 bilhões de euros de fundos para a cultura para serem gastos com rapidez e eficiência. “São uma grande oportunidade para nossa nação”.
(ANSA).