VERONA, 31 JAN (ANSA) – O Ministro da Agricultura da Itália, Francesco Lollobrigida, se reuniu nesta quarta-feira (31) com representantes dos agricultores que vêm se manifestando em todo o país com o “movimento dos tratores”.
A categoria protesta contra as regulações impostas pela União Europeia e cobra subsídios e redução de impostos ao setor.
As manifestações, que começaram na França, se espalharam por países como Itália, Espanha, Alemanha e Bélgica.
Antes do encontro, Lollobrigida disse que “não deve haver agricultores contra agricultores” e, depois, que a reunião foi “muito boa”.
Aos manifestantes em Verona diante de uma feira do setor, o ministro garantiu que o governo apoia as pautas do setor na União Europeia, lembrando a escolha do país por proibir a carne chamada de cultivada ou artificial.
“A agricultura tinha sido marginalizada, agora finalmente está sendo mais discutida, e com nosso governo, voltou a ser mais central. A primeira-ministra [Giorgia] Meloni foi clara em relação ao compromisso que o governo está assumindo internamente para proteger o que resta desse mundo”, afirmou.
“O que vocês denunciam é o que todo o setor agrícola italiano denuncia. Para mim, do primeiro ao último, na Itália, têm o direito de expressar suas próprias posições. Algumas dessas batalhas, se as travarmos juntos, podemos vencê-las”, concluiu.
As manifestações prosseguem nesta quarta. Um cortejo de tratores bloqueou a autoestrada A21 Turim-Piacenza, e as manifestações também ocorreram em Cuneo, Novara e até no estacionamento de um outlet em Vicolungo, na mesma região.
Em Orte, no Lazio, os agricultores percorreram a estrada 675, enfileirando veículos agrícolas ao longo de um quilômetro e paralisando a circulação, que foi restabelecida após intervenção policial.
L’Aquila, Sardenha, Udine e Matera também registraram protestos.
Na Lombardia houve bloqueios em Brescia e Melegnano na província de Milão. Mais de 200 tratores foram levados a Novara.
Havia cartazes com os dizeres “No farmers No food”, “sem agricultura, sem comida e sem futuro”, “cultivamos o nosso e o seu futuro”, além de “avisos funerários” comunicando a “morte da agricultura”. (ANSA).