O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, compareceu a uma comissão na Câmara nesta terça-feira (6) para dar esclarecimentos sobre uma audiência na qual recebeu em seu gabinete Jair Renan, filho 04 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que foi acompanhado de uma empresa privada. As informações são do jornal O Globo.

Renan acompanhava dirigentes da empresa Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, a mesma que lhe doou um carro elétrico. O filho de Bolsonaro é alvo de um inquérito da Polícia Federal que apura suspeita de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

Marinho confirmou à comissão que a audiência havia sido solicitada pelo gabinete do presidente Bolsonaro, por um de seus auxiliares.

O ministro foi questionado pelo deputado Léo de Brito (PT-AC) se ficou constrangido com esse encontro, e Marinho respondeu que não.

“Não causou constrangimento. Ele entrou calado e saiu calado. Só soube que era filho do presidente porque alguém me apresentou a ele”, disse o ministro.

Não é a primeira vez que a atuação de Jair Renan junto a empresas chama a atenção. Em dezembro do ano passado, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando que o “filho 04” do presidente fosse investigado por eventual crime de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.