O ministro argentino da Economia, Nicolás Dujovne, atribuiu as turbulências dos mercados a fatores políticos, seis meses antes das eleições que podem marcar uma mudança de governo e de rumo no país sul-americano.

Em entrevista coletiva na sede da pasta, Dujovne disse que a questão política é “o principal fator que hoje afeta o risco país”.

“Os mercados não estão nos pedindo mudanças na política econômica, acho que está claro que o que pesa hoje é a incerteza política”, declarou o ministro.

Nesta segunda, a demanda por divisas levou a uma nova desvalorização do peso, cotando o dólar a 43,69 pesos, contra 42,98 do fechamento anterior. A Bolsa de Valores recuou 3,90% e o indicador do risco medido pelo banco JP Morgan fechou em 846 pontos.

A seis meses das eleições de 27 de outubro, quando Macri tentará a reeleição, o governo liberal anunciou na semana passada uma lista de medidas heterodoxas para controlar a inflação e a fuga de divisas.

As medidas incluem um congelamento dos preços de 64 produtos básicos por seis meses, bem como os de tarifas de serviços públicos e a manutenção da faixa de câmbio inalterada até o fim do ano – de entre 39,75 e 51,45 pesos por dólar.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

O ministro ratificou a meta de alcançar o equilíbrio fiscal, compromisso com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de um empréstimo de 56 bilhões de dólares em três anos.

“Estamos convencidos do que temos que alcançar em matéria fiscal porque isso é o que vai nos trazer estabilidade macroeconômica”, afirmou Dujovne.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias