Marina Silva (Meio Ambiente) faz uma previsão catastrófica: a Amazônia e o Pantanal serão extremamente secos este ano, colocando esses dois biomas em risco de grandes incêndios florestais. Aliás, segundo ela, as estiagens e as queimadas já começaram na região. Por sorte, o Cerrado começa a registrar uma situação um pouco melhor, pois nos primeiros cinco meses deste ano os desmatamentos na região estão caindo, depois da devastação florestal ter crescido 40% no ano passado. O fato é que se os estados do Pantanal e da Amazônia não se unirem às iniciativas do governo federal no sentido de combater os focos de incêndios, a tragédia pode ser semelhante à das chuvas no Rio Grande do Sul. É o efeito das mudanças climáticas. Os rios deverão secar, como no ano passado.

Conservação

O governo anunciou ainda a criação de duas novas Unidades de Conservação, uma na Amazônia e outra no Cerrado: a Reserva de Vida Silvestre do Sauim-de-coleira (AM) e a de Caverna de São Desidério (BA). Em função dos alertas de seca, Marina
lançou um pacto com os governadores para o combate a focos de incêndios, evitando uma tragédia anunciada.

Prevenção

A ministra acha que é preciso inverter a lógica de apenas se reagir às tragédias. Para ela, é necessário um plano de prevenção a desastres, com a criação de um estatuto de emergência climática para áreas de risco. A ministra anunciou novos dados do sistema Deter, do Inpe, que medirão alertas de desmatamento para direcionar ações de fiscalização.

“Insatisfação geral”

Ministra Marina Silva: nova tragédia à vista

Otto Alencar (BA), líder do PSD, a maior bancada no Senado, deixa claro que há uma “insatisfação geral” no Congresso contra o governo. Embora seja aliado de Lula, esse descontentamento explica as razões de o presidente estar acumulando derrotas no Parlamento. “É duro falar isso, mas muitos senadores não têm acesso a ministros e nem retorno de ligações”, afirmou Alencar ao “Valor”, na sexta-feira, 7.

Rápidas

Após Bolsonaro distante, o governo se aproxima do regime de Xi e Alckmin não voltou de mãos vazias de viagem à China. Em reunião com Han Zheng, seu homônimo chinês, o vice-presidente recebeu US$ 3,74 bilhões (R$ 20 bilhões) para investimentos em projetos de infraestrutura.

Não estava cheirando bem os leilões feitos pelo governo para a compra de 263 mil toneladas de arroz. As empresas eram uma sorveteria e uma mercearia de bairro especializada em queijo. Os leilões foram cancelados.

 Pelo menos 65 brasileiros foragidos da Justiça acusados pelo 8 de janeiro estão na Argentina. Muitos fugiram em porta-malas de carros pela Ponte da Amizade. Estranhamente, bolsonaristas foram conversar com Milei antes da fuga.

A sucessão de Lira está pegando fogo. E seu candidato, Elmar Nascimento, está largando na frente. Acaba de receber apoio do PSB, partido de Alckmin. Marcos Pereira, Antonio Brito e Isnaldo Bulhões estão no páreo.

Retrato falado

Ministra Marina Silva: nova tragédia à vista
General Tomás Paiva: “A política está distante dos quartéis” (Crédito:Mateus Bonomi)

O general Tomás Paiva, comandante do Exército, concedeu uma entrevista ao jornal “O Globo” na sexta-feita, 7, fazendo um mea culpa interessante. Reconheceu que houve “um erro coletivo” dos militares em 2018, quando o general Vilas Bôas divulgou um manifesto contra a impunidade, às vésperas do julgamento do habeas corpus de Lula que o levou para a cadeia em Curitiba. Segundo Paiva, agora os militares estão, efetivamente, afastados da política e assim permanecerão.

Super Plano Safra

Finalmente uma boa notícia para a agropecuária. Depois da tragédia no Sul, que prejudicou a agricultura do Estado, que é o maior produtor de arroz e responsável por grandes colheitas de soja e trigo, o agronegócio está alvissareiro com a perspectiva do Plano Safra 2024/2025 atingir o montante de R$ 452,3 bilhões em recursos para custeio, comercialização e investimentos de médios e grande produtores rurais. Isso representa, simplesmente, uma alta de 24% em relação aos R$ 364,2 bilhões disponibilizados para a safra anterior. É o maior volume de recursos da história. Desse total, o governo vai direcionar R$ 332,2 bilhões para o custeio e comercialização.

Nas mãos de Haddad

Esse plano foi formulado pelo ministro da Agricultura Carlos Favaro e já está nas mãos de Fernando Haddad (Fazenda) para aprovação. Além dos recursos para o aumento da safra, o plano prevê verbas maiores para subvenções do governo, às quais foram reservados R$ 10 bilhões.

União contra a fome

Fernando Haddad apresentou ao papa Francisco na terça-feira, 4, no Vaticano, uma proposta que fará aos chefes de estado do G20 que estarão reunidos no Brasil em novembro, segundo a qual os mais ricos do mundo todo deveriam pagar uma taxa de grandes fortunas. Os recursos atingiriam US$ 15 bilhões e seriam destinados para financiar os mais pobres.

Ministra Marina Silva: nova tragédia à vista
(Divulgação)

Chimarrão

O ministro da Fazenda comentou com o Pontíficie sobre suas preocupações em relação às mudanças climáticas, relatando os prejuízos sofridos pelo Rio Grande do Sul. Disse também estar apreensivo com o crescimento da dívida dos países do Sul Global. Ao final do encontro, Haddad entregou uma cuia, que gaúchos e argentinos usam para tomar chimarrão.

Da Nasdaq para a B3

A Vitru, maior grupo de ensino digital do Brasil, com 1 milhão de alunos, iniciou a negociação de suas ações na B3 na semana passada. Trata-se de um processo inédito, já que a companhia é a primeira a migrar da bolsa americana Nasdaq para a B3. “Vamos acessar mais investidores que tinham dificuldade de se enquadrar às regras americanas”, diz William Matos, CEO da Vitru.

Toma la da cá: Ludhmila Hajjar, do Hospital Vila Nova Star

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Ludhmila Hajjar, diretora da Cardiologia do Hospital Vila Nova Star (Crédito:Divulgação )

As emergências cardiovasculares ainda são as que mais preocupam?
Quando analisamos as Emergências Médicas, as doenças cardiovasculares são principais causas de morte, como o infarto agudo do miocárdio e o AVC. São doenças que chamam a atenção pela prevalência e gravidade.

O que está acontecendo com a dengue?
A dengue trouxe repercussões graves ao sistema de saúde, com hospitais públicos e privados superlotados e um número extremamente elevado de internações e de óbitos.

A questão das câmeras em centros cirúrgicos veio à tona depois de muitos problemas relacionados, inclusive, a casos de violência e agressão contra mulheres.