A ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti, afirmou neste domingo que a realização da Copa América, prevista para começar no dia 13 de junho, “não está 100% definida”, num momento em que o país vive seu pior momento na pandemia de covid-19.

“Não está 100% definida”, respondeu Vizzotti numa coletiva ao ser questionada sobre a confirmação da organização do torneio de seleções sul-americanas no país.

“Eu entendo que quem tem que tomar essa decisão está na última fase da análise”, acrescentou.

Vizzotti explicou ainda que o Ministério da Saúde trabalha há meses com protocolos e controles “como se fosse uma Copa América”.

“A decisão final será nestes dias”, destacou.

A ministra indicou que o número de pessoas que a organização pode mobilizar é administrável.

“É importante deixar claro que os protocolos exigidos para uma seleção que vai se concentrar e não vai sair do hotel não é a mesma que acontece nos torneios locais, onde os jogadores voltam para suas casas e vão treinar “.

Após a Conmebol anunciar que a Colômbia não sediaria mais a Copa América em conjunto com a Argentina -devido aos protestos sociais no país que deixaram até o momento dezenas de mortos-, o governo argentino não descartou receber todo o torneio.

A Argentina, que tem 45 milhões de habitantes, vive o pior momento da pandemia, com registro de 41.080 infecções na última quinta-feira, atingindo mais de 3,7 milhões de casos positivos e 77.000 mortes desde o surgimento do coronavírus.

Uma pesquisa de opinião pública divulgada na sexta-feira revelou que 70% dos argentinos rejeitam a realização da Copa América no país em meio à onda de infecções.

gv/gma/lca