O MPSP (Ministério Público de São Paulo) pediu à Justiça a prisão preventiva do policial militar Vinícius de Lima Britto, que atirou e matou Gabriel Renan da Silva Soares pelas costas quando estava de folga. O caso ocorreu no dia 3 de novembro em frente a um mercado Oxxo, na zona sul da capital paulista.
Segundo o órgão, o agente foi denunciado por homicídio qualificado, pois, para o promotor Rodolfo Justino Morais, ele agiu de maneira cruel e sem justificativa. Além disso, houve a solicitação de laudos periciais e informações sobre o histórico do policial.
“De acordo com a denúncia, o policial, que estava à paisana, disparou contra Gabriel pelas costas, após o jovem tentar fugir com produtos furtados. A vítima caiu durante a fuga e foi alvejada”, afirmou o MPSP. Se for aceita pela Justiça, o agente pode se tornar réu e responder pelo processo.
Relembre o caso
Gabriel entrou no mercado Oxxo, no Jardim Prudência, e furtou pacotes de sabão. Quando fugia do local, ele escorregou em um pedaço de papelão na porta do estabelecimento e caiu no chão.
Nesse momento, o policial que estava sendo atendido no caixa, sacou a arma e atirou diversas vezes pelas costas de Gabriel, que morreu no local.
Em depoimento, o militar Vinícius de Lima alegou que agiu em legítima defesa, pois Gabriel teria dito que estava armado e com a mão no bolso. Um funcionário confirmou a versão apresentada pelo policial.
No corpo de Gabriel, foram encontradas 11 perfurações: três no tórax, duas na mão esquerda, uma no antebraço esquerdo, uma na orelha direita, três no antebraço direito e uma no rosto.
Assim que o caso veio à tona, o policial militar foi afastado de suas funções nas ruas. A ocorrência é investigada pelo DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa).