Ministério Público denuncia Marçal por declaração dada à IstoÉ sobre Tabata Amaral

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Pablo Marçal Foto: IstoÉ

O Ministério Público Eleitoral de São Paulo denunciou Pablo Marçal (PRTB), terceiro colocado na última eleição para a prefeitura da capital paulista, pela acusação de ter atacado a reputação de Tabata Amaral (PSB), sua adversária na disputa, durante uma entrevista concedida à IstoÉ.

Na entrevista, realizada em julho de 2024, o ex-coach responsabiliza Tabata, de maneira indireta, pelo suicídio do próprio pai, que era dependente químico e morreu quando a deputada tinha 18 anos.

“Eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou e ele deixou o alcoolismo. O pai dela [Tabata], ela foi para Harvard e ele acabou morrendo. Agora imagina o que ela pode fazer com o povo de São Paulo”.

Veja abaixo a declaração:

Objeto de denúncia

Pela fala, o Ministério Público Eleitoral considerou que Marçal “atacou valores familiares alheios, de forma deplorável e apelativa” com de ofender a reputação da adversária e, assim, atrair seus potenciais eleitores.

“A gravação audiovisual teve ampla repercussão e atualmente conta com mais de 850 mil visualizações, sem prejuízo das incontáveis divulgações na imprensa e nas redes sociais”, acrescentou o promotor Cleber Rogério Masson. A defesa do ex-coach foi intimada pelo órgão, mas não se manifestou.

Horas após a entrevista de Marçal à IstoÉ, a pessebista se manifestou. “É uma falta de caráter absurda, é perverso, é nojento mesmo. Com 18 anos, eu estava num país estranho e estudava o dia inteiro e trabalhava à noite com um babá pra mandar dinheiro pra minha mãe. Marçal, com essa mesma idade, fazia parte de uma quadrilha de roubo de banco”.

O ataque de Marçal deu largada a uma rivalidade que seguiu até o primeiro turno da eleição. Em um dos debates, ele pediu desculpas e disse ter sido “injusto” com a adversária, mas voltou a fazer declarações que a associavam à falta de preparo, maturidade e estrutura familiar.