Acredito piamente que um senhor com quase 80 anos de idade, salvo raríssimas exceções, mantém-se afeito ao passado e a ideias ultrapassadas. E é natural que seja assim. Lula da Silva, então, presidente eleito pela terceira vez, confirma peremptoriamente minha tese. Eu o considero muito mais que um velho, mas um velhaco (político); e mofado nos ideais e pensamentos. Se não, vejamos.

Ainda nem assumiu a Presidência e já coleciona atritos com o mercado financeiro. Por quê? Porque quer, ora bolas! Bastaria manter-se discreto sobre privatizações, papel do Estado e política externa. Mas não. O importante é “jogar para a torcida” e demonizar o setor privado enquanto promete gastar tudo o que tem e não tem, e pior, “encerrar as privatizações neste País”. Quais, pelo amor de Deus?

No espectro político, o chefão do mensalão (sim, nunca esqueceremos) decidiu abrigar de A a Z no governo, e criou 37 pastas para acomodar de Marina Silva (Meio Ambiente) a Renan Filho (Transportes). A expressão “cabide de empregos” é coisa do passado, pois Lula criou o “closet de empregos”. Fico imaginando a farra que essa gente não fará com a grana dos famintos por quem o petista chora.

Na boa, eu me pergunto e lhes pergunto: o que de novo, ou de bom, podem trazer ao Brasil Aloizio Mercadante (BNDES) e Fernando Haddad (Fazenda)? Carlos Lupi (Previdência Social) e Jader Filho (Cidades)? Paulo Teixeira, Paulo Pimenta e Luiz Marinho (petistas com passado de petistas). Olhem a ficha corrida dessa gente e de suas famílias! Olhem o que “fizeram nos verões passados”.

Há ministérios claramente redundantes como Pesca e Aquicultura, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Agricultura. Tem mais: Povos Originários, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Não acabou: Cidades, Educação, Cultura, Esporte, Integração e Desenvolvimento Social. Quem, honestamente, pode afirmar que tudo isso não poderia ser fundido em três Pastas apenas?

Fora que, a pretexto de “coalizão”, tá tudo junto e misturado. Ou melhor, mixado! Bem a modo e gosto dos recentes e inesquecíveis anos de cleptocracia lulopetista. Centrão, esquerdas, ex-tucanos… um balaio de gatos – ou de ratos! – servindo-se fartamente dos contribuintes otários, que, como sempre, ficarão com péssimos serviços e uma conta impagável – sem falar nos aumentos de impostos que virão.

Costumo adjetivar pejorativamente o presidente eleito de “ex-tudo” (ex-condenado, ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro). Mas não posso chamá-lo de “ex-Lula”. Se sua versão 3.0 será melhor que Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, só o tempo dirá. O slogan da campanha do deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva era: vote em Tiririca; pois pior não fica. A ver…