O Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou por mais 60 dias a presença da Força Nacional na Terra Indígena Ituna-Itatá, no Estado do Pará. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 18.

Segundo a portaria, os militares permanecerão na TI até 15 de fevereiro de 2024 em apoio à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que cumpre duas decisões judiciais na região, que abriga povos indígenas isolados.

Uma delas ordena a retirada de cabeças de boi criadas ilegalmente na terra indígena. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que integra a operação, a Ituna-Itatá é uma das TI’s mais desmatadas do Brasil.

Até agora, a operação Ehara Tapiro apreendeu e retirou mais de 1,7 mil animais da terra indígena, doados para a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepara). A ação judicial ainda determina a remoção de não-indígenas da região.

O Ibama informou em suas redes sociais que tem sofrido ataques desde o início da operação, em episódios de incêndio e de destruição de dezenas de pontes, derrubadas por terceiros com o intuito de dificultar a realização dos trabalhos. As equipes estão refazendo as pontes destruídas para continuarem a operação.