Com todo respeito, o repórter diz a Chiara Mastroianni que sua mãe, Catherine Deneuve, é uma louca, emendando filmes. Todo ano tem sempre de dois a três novos filmes com a eterna bela da tarde, quando não mais.

Chiara acha graça. Pergunta como é folle em português? Louca. “Ah é como em espanhol, loca. Mamãe é loca. Mas eu gostaria de chegar aos 76 anos, que é a idade dela, com esse apetite pela vida e pelo cinema que ela tem. Minha mãe tem uma curiosidade insaciável, pelos papéis, pelos diretores, pode ser algum estreante ou alguém com quem já trabalhou muito, como André Téchiné.

Ela sempre acredita que André a levará a algum ponto que nunca foi antes.”

Chiara conta que a mãe nunca quis que ela seguisse carreira no cinema. “Fez com que eu estudasse italiano, e foi Melvil Poupaud, meu colega de classe, que me incentivou a fazer filmes. Mas, no início, eu não tinha prazer.

Lembro que a experiência de fazer Minha Estação Preferida, com André

(Téchiné), há quase 30 anos – o filme é de 1993 -, foi aterradora. Toda aquela gente no set de olho para ver como a filha de Catherine e Marcello (Mastroianni) seria diante da câmera. Foi com Xavier Beauvois que comecei a relaxar e descobri o prazer de filmar.”

Com Beauvois ela foi ao Brasil, à Mostra de São Paulo, que exibiu Não se Esqueça Que Você Vai Morrer. “Foram poucos dias, mas adorei. Nunca mais me convidaram.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.