O Brasil tem potencial para agregar R$ 243 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) ao longo dos próximos 25 anos, por meio da exploração e do refino de minerais críticos essenciais para a transição energética global. A estimativa é do estudo “Minerais Críticos do futuro e o papel estratégico do Brasil na transição para uma economia de baixo carbono”, produzido pela Deloitte em parceria com a AYA Earth Partners.
Atualmente, o país possui cerca de 10% das reservas mundiais de minerais como nióbio, grafite, níquel, terras raras, manganês, lítio e cobalto, fundamentais para turbinas eólicas, veículos elétricos e tecnologia avançada. Contudo, o Brasil responde por apenas 0,09% da produção global, destacando a necessidade urgente de políticas públicas para fomentar a exploração eficiente e sustentável desses recursos, segundo Maria Emília Peres, sócia da Deloitte.
Entre as medidas sugeridas no relatório, estão o aprimoramento do conhecimento geológico e a criação de um marco regulatório específico para o setor, além de investimentos em infraestrutura tecnológica, logística e processos de refino. Também é indicada a promoção de incentivos fiscais e financeiros, com o objetivo de tornar o país um polo global de processamento de minerais críticos, reduzindo assim a dependência externa, especialmente da China, responsável hoje por mais de 60% do mercado global de refino.
Iniciativas como a Política Nacional de Minerais Críticos já estão em curso no país, com apoio do BNDES e do Ministério de Minas e Energia. No entanto, o relatório recomenda que o Brasil avance ainda mais nas parcerias internacionais com grandes consumidores desses minerais, como Estados Unidos, China e União Europeia, visando atrair investimentos robustos e tecnologia, e consolidar uma posição estratégica na cadeia mundial da transição energética.
Com informações de Brasil Mineral.