A indústria mineral brasileira fechou 2024 com crescimento nas exportações, que somaram cerca de 400 milhões de toneladas, um aumento de 2,6% em relação ao ano anterior. A receita atingiu US$ 43,4 bilhões (+0,9%), sendo o minério de ferro responsável por 68,7% desse total. As importações, por outro lado, recuaram para 41,2 milhões de toneladas, resultando em um gasto de US$ 8,5 bilhões, uma queda de 23,1%. O saldo da balança comercial mineral atingiu US$ 34,9 bilhões, representando 47% do saldo total do país.
A arrecadação de tributos do setor cresceu 9%, alcançando R$ 93,4 bilhões, enquanto o recolhimento da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) chegou a R$ 7,5 bilhões (+8,6%). O faturamento da mineração brasileira totalizou R$ 270,8 bilhões, com crescimento de 9,1%, sendo o minério de ferro responsável por 59,4% desse montante. No mercado de trabalho, o setor gerou 8.703 novos empregos, totalizando 221,7 mil postos diretos.
Os investimentos na mineração para o período de 2025 a 2029 foram projetados em US$ 68,4 bilhões, um incremento de US$ 4 bilhões em relação ao ciclo anterior. O minério de ferro lidera os aportes, com US$ 19,59 bilhões (+13,4%), seguido por investimentos socioambientais, que cresceram 6,2%, e por infraestrutura logística, que recebeu US$ 10,9 bilhões (+5,2%). Minas Gerais, Pará e Bahia concentram a maior fatia dos investimentos, com US$ 16,5 bilhões, US$ 13,48 bilhões e US$ 8,99 bilhões, respectivamente.
Entre os destaques regionais, Minas Gerais liderou o faturamento anual com R$ 108,3 bilhões (+4,5%), seguido pelo Pará, com R$ 97,6 bilhões (+14,4%), e São Paulo, com R$ 10,3 bilhões (+12,9%). O minério de ferro teve alta de 8,6% no faturamento, enquanto o cobre cresceu 25,2%, o granito 17,9% e o ouro 13,3%. No comércio exterior, a China permaneceu como principal destino das exportações minerais brasileiras (69,7%), enquanto as importações foram dominadas pelos Estados Unidos (19,8%), Rússia (16%), Austrália (13,3%) e Canadá (12,2%).
Com informações do IBRAM