Setenta e quatro mineiros chineses foram acusados de participar no assassinato de colegas de trabalho para receber as indenizações, informa a imprensa estatal.

Os trabalhadores foram acusados em Bayannuyr, Mongólia, de matar 17 funcionários de minas de carvão em seis províncias e disfarçar os crimes como acidentes de trabalho, afirma o jornal em inglês Global Times.

Para Sun Yong, ex-mineiro e advogado, esta é apenas “a ponta do iceberg”.

O número de casos similares aumentou desde 2011, depois da promulgação de uma nova regulamentação que determinou o pagamento de quase o dobro das indenizações pela morte de um operário, explicou.

“Com uma compensação que chega a partir de agora a 600.000 yuanes (80.300 euros e 91.300 dólares) há mais pessoas dispostas a assumir grandes riscos para obter dinheiro”, disse o advogado.

Em 2015, três homens foram condenados à pena de morte pelo assassinato de colegas de trabalho com golpes de pedras, martelos e pedaços de pau, antes de exigir suas indenizações.

A China lidera a produção mundial de carvão e, apesar do número de mortes por ano ter registrado uma queda recentemente, continua muito elevado.

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