Minas Gerais – Como forma de lembrar a importância da preservação ambiental e conservação da maior floresta tropical do mundo – a Amazônia -, o Mineirão, uma das maiores arenas multiuso no País e referência global em sustentabilidade, iluminou nesta quinta-feira (22) sua fachada com a cor verde, símbolo das nossas florestas na bandeira brasileira.
Único estádio brasileiro a possuir o selo Platinum da Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), a mais alta classificação no prêmio internacional que avalia projeto, construção, manutenção e operação de green buildings (prédios sustentáveis), o Mineirão desde 2013 incentiva e desenvolve diversas ações sustentáveis, como utilização de energia solar, reaproveitamento de resíduos e água da chuva.
“A ideia tem o objetivo de chamar a atenção para um assunto tão sério como a preservação da Floresta Amazônica. Por ter uma política de sustentabilidade forte, o Mineirão, único estádio do Brasil a receber um selo internacional na categoria máxima por seu projeto sustentável, tem como compromisso a responsabilidade ambiental, como já faz ao longo da sua história, demonstrando que é possível aliar desenvolvimento econômico com responsabilidade sócio-ambiental”, revela Samuel Lloyd, diretor do estádio Mineirão.
Replantio de árvores
Nos anos de 2014 e 2015 a concessionária que administra o Mineirão plantou em 24 bairros da região da Pampulha 11 mil mudas de árvores. (veja mapa anexo). Esse plantio aconteceu como forma de compensar o corte de aproximadamente 700 árvores do entorno do estádio durante a obra de reforma. Todo o plantio foi acompanhado por técnicos da Regional Pampulha da PBH e do Programa de Desenvolvimento e Recuperação da Bacia da Pampulha (Propam), e os locais foram escolhidos seguindo as características do ambiente e espaço disponível. A população vizinha ao Gigante da Pampulha foi convidada para participar da preservação e cuidado com as mudas durante o seu desenvolvimento.
Ações Sustentáveis
Consumo de água de reuso maior em grande parte do ano
A utilização da água da chuva coletada nos reservatórios com capacidade de armazenamento de mais de cinco milhões de litros existentes no estádio é grande e o reuso do líquido na operação do Mineirão garante uma economia mensal de até 70% no consumo. Essa reutilização da água é feita em bacias, mictórios e irrigação do gramado.

Usina Fotovoltaica

Outra importante forma de auxílio ao Meio Ambiente no Mineirão é a Usina Solar Fotovoltaica (USF), a maior em estádios no mundo em termos de geração de energia. A USF Mineirão instalada na cobertura do estádio produz, em média, 1.800 MWH/ano, suficiente para abastecer aproximadamente 1.400 residências. Essa energia é disponibilizada na rede da CEMIG que supre o estádio, uma vez que o consumo do Mineirão, principalmente em eventos noturnos e em fim de tarde, não coincide com a geração. Para a utilização no próprio estádio também seria necessária a instalação de baterias, o que não seria viável em termos de sustentabilidade.
Responsabilidade Ambiental e Social
A coleta seletiva também é um importante aspecto sustentável no Mineirão. Em dias de jogos e eventos, o reaproveitamento de resíduos é realizado em parceria com a Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reaproveitáveis de Belo Horizonte (Asmare).
Até o final de Junho deste ano, essa parceria já garantiu que 171.854 quilos de resíduos gerados no estádio em dias de jogos deixassem de ser enviadas para aterros sanitários. O material biodegradável procedente da manutenção do jardim e das podas do gramado e das árvores vai para uma usina de compostagem, enquanto os recicláveis, como caixas de papelão, plástico e latinhas de alumínio, são tratados em parceria com a Asmare.
Prêmios para práticas sustentáveis
A preocupação com o Meio Ambiente rendeu ao Mineirão o selo Platinum do Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), a mais alta classificação no prêmio internacional que avalia projeto, construção, manutenção e operação de green buildings (‘prédios sustentáveis’). O Gigante da Pampulha é o único estádio do Brasil a alcançar este posto concedido pelo U. S. Green Building Council (USGBC).