O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o segundo turno em uma disputa acirrada com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Em Minas Gerais, Lula chegou a ocupar o primeiro lugar no início da apuração, mas foi ultrapassado por Bolsonaro. Apenas com 93,16% das seções totalizadas no estado, o petista reassumiu a liderança.

Minas Gerais tem um peso simbólico na disputa pela Presidência da República. Segundo maior colégio eleitoral do Brasil, o estado historicamente costuma refletir os dados nacionais. Desde a primeira eleição presidencial do Brasil após a promulgação da Constituição Federal de 1988, quem ganha no primeiro turno em Minas se elege presidente.

No primeiro turno, o petista liderou a disputa em Minas, com 48,29% dos votos válidos. Bolsonaro teve 43,60%. No domingo (30), após 100% das urnas apuradas em Minas, Lula ficou com 50,20% dos votos (6.190.960), contra 49,80% do atual presidente (6.141.310).

No âmbito nacional, Lula teve 50,90% dos votos (60.345.999), já Bolsonaro alcançou 49,10% (58.206.354). Cientes do peso do estado nas eleições, os dois candidatos concentraram as agendas de campanha em Minas Gerais no segundo turno.

Bolsonaro contou com o apoio do governador reeleito Romeu Zema (NOVO), no entanto, a ajuda não foi suficiente para reverter o resultado da eleição em Minas Gerais. Após o resultado do segundo turno, o governador reeleito desejou sucesso para Lula.

“Com o resultado da eleição nacional, desejo sucesso ao presidente eleito. Seguirei cobrando que Minas seja prioridade, como merece. Estarei aberto ao diálogo para que o Brasil possa crescer com trabalho, honestidade e respeito. Que Deus abençoe nossa nação”, escreveu nas redes sociais.