Coluna: Mineração S.A.

Com 10 anos na área de mineração, Gabriel Guimarães é advogado especialista do setor mineral, com atuação em empresas nacionais e estrangeiras.Também com 10 anos de atuação no setor, Eduardo Couto é presidente da Comissão Especial de Direito Minerário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), vice-presidente jurídico e institucional do Grupo Cedro Participações e conselheiro do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra).

Minas Gerais lidera arrecadação de Cfem em 2024

Carregamento de minério de ferro
Carregamento de minério de ferro Foto: Reuters

Minas Gerais consolidou sua posição como maior estado minerador do Brasil ao arrecadar R$ 3,3 bilhões em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) em 2024, um aumento de 4,4% em relação ao ano anterior. O valor representa quase metade dos R$ 7,4 bilhões recolhidos em todo o país, que também registrou crescimento, de 8,4%, no período.

O Pará, que chegou a ocupar o topo do ranking entre 2019 e 2021, ficou na segunda colocação, com R$ 3,1 bilhões.

O minério de ferro foi o principal responsável pela arrecadação mineira, contribuindo com 54,1% do total, ou R$ 1,8 bilhão, impulsionado por uma alta de 7,6% nas exportações, que atingiram 171,6 milhões de toneladas. Conceição do Mato Dentro liderou o recolhimento no estado, com R$ 394,4 milhões, seguida por Congonhas, Itabira, Itabirito e São Gonçalo do Rio Abaixo, que também figuraram entre os principais municípios arrecadadores.

Apesar do desempenho positivo, os valores de 2024 ainda ficaram abaixo dos recordes históricos de 2021, quando Minas arrecadou R$ 4,6 bilhões e o Brasil R$ 10,3 bilhões. A elevação foi impulsionada por uma combinação de alta demanda global, valorização do dólar e desempenho robusto de mineradoras como Vale e Anglo American, que reportaram produções históricas em unidades mineiras.