A Defesa Civil de Maceió emitiu um alerta máximo na quinta-feira, 30, sobre o risco iminente de colapso de uma mina de sal-gema 18 da Braskem, localizada no bairro do Mutange, em Maceió (AL). A área foi desocupada e a recomendação do órgão é que a população evite circular pela região.
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Entenda:
- Em entrevista à CNN, o coordenador Estadual de Defesa Civil de Alagoas, o tenente coronel Moisés Melo, afirmou que o colapso da mina pode acontecer a qualquer momento. E ainda destacou que “não existe tecnologia para evitar que a mina desabe”. “Riscos à população estão descartados”, completou;
- Já o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), informou que foi montado um gabinete de crise para monitorar de perto o caso. “Estamos acompanhando com todas as informações que temos por meio de equipamentos modernos que fazem cálculos em relação ao afundamento do solo e em qual direção está indo, sua profundida e intensidade”, explicou. “O afundamento do solo está chegando a cinco centímetros por hora”, acrescentou;
- “A boa notícia é que conseguimos evacuar toda a área. Nosso foco principal é o de salvar vidas”, afirmou o prefeito;
- O Governo de Alagoas informou que cinco abalos sísmicos foram registrados na região somente no mês de novembro. Além disso, o colapso da mina pode ocasionar a formação de grandes crateras no local e provocar efeito cascata em outras minas;
- O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) está no local para acompanhar as ações de contingência e entrou em contato com o ministro da integração e desenvolvimento regional, Waldez Goes, para solicitar prontidão e alerta da Defesa Civil nacional;
- À ISTOÉ, a Braskem informou adotou todas as medidas cabíveis para minimizar os efeitos do desabamento e segue colaborando com as autoridades locais. A área de serviço da empresa, onde são executados os trabalhos de preenchimento dos poços, está isolada desde a tarde da terça-feira, 28, em cumprimento às ações definidas nos protocolos de segurança. A realocação preventiva de toda a área de risco foi iniciada em novembro de 2019 e 99,3% dos imóveis já estão desocupados (dados de 31 de outubro de 2023)”, finalizou.