O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preso por violar as cláusulas da delação premiada, tem recebido apoio de militares que criaram um grupo no WhatsApp para promover uma vaquinha no intuito de custear as despesas do militar.

De acordo com o jornal “O Globo”, a arrecadação pretende conseguir o valor de R$ 300 mil para ajudar o “companheiro” com as despesas dele, principalmente para custear a sua defesa.

Mauro Cid retornou à prisão depois que a revista “Veja” divulgou áudios nos quais ele acusou a Polícia Federal de inventar narrativa e também criticou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

“Vamos juntos ajudar esse amigo que sempre foi leal, pai de família e um excelente militar”, diz a mensagem encaminhada no WhatsApp, segundo “O Globo”, que também alega que Mauro Cid teria vendido bens pessoais para arcar com os honorários de seu advogado, Cezar Bittencourt.

Além disso, foi divulgada uma foto do tenente-coronel fardado com instruções para a doação por Pix com os dizeres: “Ninguém fica para trás”.

Não se sabe até o momento quanto foi arrecadado. Mesmo afastado das suas funções do Exército, o tenente-coronel continua recebendo um salário de R$ 27 mil. Na semana passada, Tomás Paiva, comandante da Força, vetou a promoção de Cid à patente de coronel.

Mauro Cid é filho do general do Exército Mauro Cesar Lourena Cid, hoje na reserva e que também foi incluído no inquérito que apura o caso das joias sauditas recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.