Em entrevista ao site Metrópoles, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta criticou o trabalho realizado por militares da ativa nomeados para cargos na pasta e disse que “praticamente a totalidade dos que foram fazer uma intervenção militar no Ministério da Saúde não tinham preparo para o assunto”.

Segundo o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (sem partido), “há uma relação direta entre a ocupação militar burra [do Ministério da Saúde] com as mortes” de Covid-19.

“Os militares não são cúmplices, são coautores”, disse Mandetta à jornalista Rachel Sheherazade.

O ex-ministro também disse que há participação direta dos militares no escândalo da compra de vacinas Covaxin, exposto pela CPI da Covid no Senado.

“No episódio desse Roberto [Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde], eu só escuto coronel fulano, coronel Blanco, coronel não sei o quê. Quando sobe no andar de cima, coronel Elcio [Franco], general… Eles são responsáveis, sim. Eles mandaram membros da ativa do Exército para cumprir essa missão, sabe-se lá que missão é essa. E me parece que essa missão está eivada de vícios”, disse Mandetta.