Cerca de 1.500 soldados entraram na penitenciária de Guayaquil, no sudoeste do Equador, nesta terça-feira (25), para retomar o controle do presídio. O local foi palco de um novo massacre carcerário que deixou seis mortos e onze feridos, segundo as Forças Armadas.

As autoridades entraram durante a madrugada no Guayas 1 “para restabelecer o controle nesta penitenciária, mediante operações militares para controlar armas, munições e explosivos, assim como a apreensão de itens não autorizados dentro da prisão”, destacou o Comando Conjunto das Forças Armadas em um comunicado.

A intervenção ocorreu após a declaração de estado de exceção em todo o sistema penitenciário, divulgado nesta terça-feira. A medida ficará 60 dias em vigor.

Os confrontos entre as gangues criminosas não cessam desde domingo, quando as autoridades relataram seis mortos e onze feridos em um novo massacre na prisão.

Desde fevereiro de 2021, pelo menos dez massacres deixaram mais de 420 presos mortos e um rastro de terror com corpos decapitados e cremados.

“A missão é conseguir restaurar a ordem neste centro penitenciário para precaver a vida, a saúde e a segurança das pessoas privadas de liberdade”, declarou, fora da prisão, o comandante-geral das Forças Armadas, Nelson Proaño.

Ele acrescentou que os barulhos na área são por conta de “explosões realizadas por grupos de elite das Forças Armadas, exatamente para conseguirem tomar o controle das entradas”.

Um soldado foi ferido por um estilhaço, informou Proaño.

As gangues transformaram os presídios em seus centros de operações. Elas disputam o controle do território para o tráfico de drogas – um mal crescente no Equador.

Localizado entre a Colômbia e o Peru – principais produtores de cocaína do mundo – o Equador apreendeu 455 toneladas de drogas desde que Lasso assumiu o cargo, em maio de 2021. No mesmo ano, o recorde anual de apreensões de drogas foi registrado em aproximadamente 210 toneladas.

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