SÃO PAULO, 19 JUL (ANSA) – Por Renan Tanandone – Sexta maior potência olímpica da história, a Itália terá em atletas militares e policiais as suas maiores esperanças de medalha nas Olimpíadas de Tóquio Dos 384 competidores italianos que vão ao Japão, 265, ou quase 70% do total, fazem parte de equipes esportivas ligadas às Forças Armadas ou às polícias do país.
A principal delas é o grupo Fiamme Oro (Chamas Douradas, em tradução livre), que pertence à Polícia de Estado e levará 69 atletas a Tóquio, incluindo os medalhistas olímpicos Gregorio Paltrinieri (natação), Elisa Longo Borghini (ciclismo de estrada) e Jessica Rossi (tiro esportivo), porta-bandeira da Itália na cerimônia de abertura dos Jogos 2020.
Já as Fiamme Gialle (Chamas Amarelas), ligadas à Guarda de Finanças, que é uma espécie de Polícia Federal da Itália, terão 48 representantes.
Na sequência aparecem Exército, com 46; Arma dos Carabineiros, com 38; Aeronáutica, com 29; Fiamme Azzurre (Chamas Azuis, ligadas à Polícia Penitenciária), com 20; Marinha, com 14; e Fiamme Rosse (Chamas Vermelhas, subordinadas ao Corpo de Bombeiros), com um atleta.
Na maioria dos casos, os militares e policiais disputam esportes individuais, como tiro esportivo, natação e esgrima, mas também há competidores de esportes coletivos, como softbol, vôlei de praia e polo aquático.
Esses números são resultado do investimento da Itália no esporte através das Forças Armadas e das polícias, recrutando e apoiando atletas que disputam modalidades olímpicas.
Nos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro, 22 dos 28 pódios italianos tiveram a presença de atletas militares ou policiais, 78,6% do total. No geral, foram sete ouros, oito pratas e sete bronzes conquistados pelas Forças Armadas e pelas polícias do país.
Em solo italiano, os atletas se tornam militares ou policiais através de concursos públicos. Em grande parte do tempo, eles recebem um treinamento para atividades básicas, e seus salários seguem a política de remuneração para cada patente.
Esses atletas realizam testes de desempenho a cada dois anos e, caso não cumpram os requisitos, podem deixar as equipes. Ao encerrar a carreira, muitos deles viram treinadores ou exercem atividades militares e policiais não ligadas ao esporte. (ANSA).