Militantes contra e a favor do impeachment voltaram a entrar em confronto na noite desta quarta-feira, 11, na Cinelândia, no centro do Rio. A troca de agressões ocorreu quando uma mulher favorável ao impedimento da presidente Dilma Rousseff passou entre os manifestantes que apoiam o PT, foi agredida e reagiu. A Polícia Militar (PM) precisou intervir. Ninguém foi preso.

“Eu cheguei para o protesto e não vi ninguém. Fiquei esperando enquanto ouvia as pessoas ao microfone falando que tinham expulsado os golpistas da Cinelândia. Então eu fui lá dizer que sou a favor do impeachment e tive o cabelo puxado e minha bandeira do Brasil roubada”, disse Flávia Tavares, do Movimento Resistência Rio de Janeiro, que defende o afastamento da presidente.

No fim da tarde, militantes da Frente Brasil Popular, que apoia a presidente Dilma Rousseff, e membros do Movimento Direita Já, favorável ao impeachment, tinham entrado em conflito na Cinelândia. Houve troca de empurrões, chutes, cusparadas e garrafas de água atiradas dos dois lados. Após o confronto, o Direita Já deixou o espaço.

Flávia foi retirada da Cinelândia pela PM e conduzida até a Candelária. Militantes da Frente Brasil Popular acompanharam a ação dos policiais em todo o percurso. Eles queriam levar Flávia para a delegacia e registrar ocorrência, sob a alegação de que ela os agredira.

“Ela é uma provocadora, que entrou na manifestação, pegou a bandeira do PT e começou a puxar e rasgar. Fui atrás porque não aceito. A democracia é feita de diálogo, não de ódio”, disse a advogada Beatriz Conde Miranda. Beatriz foi hostilizada quando chegou à Candelária. Os manifestantes pró-impeachment (cerca de 30) saíram em passeata pela Avenida Presidente Vargas em direção à estação ferroviária Central do Brasil.