ROMA, 12 JAN (ANSA) – Mais de 25 mil pessoas saíram às ruas de Turim, na Itália, para protestar a favor da construção do trem de alta velocidade (TAV) na região do Piemonte, que ligaria Turim a Lyon, na França. O ato reuniu dezenas de prefeitos do Piemonte, do Valle D’Aosta, da Ligúria, do Vêneto e da Lombardia, além de representantes do setor financeiro. Essa é a segunda manifestação em favor da obra – a primeira também ocorreu em Turim, em 10 de novembro. Membros do partido Liga Norte compareceram à manifestação, dizendo que sempre apoiaram o projeto do TAV, apesar do Movimento 5 Estrelas (M5S) se opor. As duas legendas formam o governo italiano e têm opiniões contrárias sobre o projeto, com o M5S alegando que é desperdício de dinheiro público. Porém o vice-premier Luigi di Maio, do M5S, tentou amenizar a crise com a Liga Norte. “Não me escandalizo pelo fato de irem às ruas para falar ‘sim’ ao TAV. É simplesmente um fato que as duas forças políticas tenham convicções diversas”, comentou. “Uma praça lotada só por campanha eleitoral, desinformada, que só quer legitimar o enésimo desperdício de dinheiro público”, criticou, por sua vez, o “Movimento Não TAV”, que há anos luta contra a construção do trem entre Itália e França. O projeto do TAV nasceu nos anos 90 e, desde 2005, consta no programa de redes transeuropeias. Em 2001 e 2012, os governos da França e da Itália chegaram a um acordo para construir o trem em três partes: uma seria financiada pela União Europeia e as outras duas por Itália e França. A ideia é de construir 235 km de ferrovia. No entanto, o “Movimento Não TAV” alega que a obra terá um custo excessivo em relação à sua usabilidade, além de impactos sociais e ambientais. (ANSA)