Milhares de pessoas prestaram homenagem nesta sexta-feira (5) em Teerã aos sete soldados iranianos mortos na segunda-feira em um ataque contra o consulado iraniano na cidade síria de Damasco, atribuído a Israel.

Em meio a gritos de “morte a Israel” e “morte aos Estados Unidos”, o cortejo fúnebre ocorreu sem incidentes no centro da capital iraniana, coincidindo com o Dia de Jerusalém, que é comemorado na última sexta-feira do Ramadã em vários países em solidariedade com os palestinos.

Os caixões dos sete membros da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da república islâmica iraniana, foram colocados nos reboques de dois caminhões, estacionados em uma das principais praças da capital, confirmou um jornalista da AFP.

A multidão exibiu bandeiras iranianas, palestinas e do Hezbollah, um movimento libanês pró-iraniano.

A única personalidade que falou foi o general Hosein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, que reiterou a determinação de “punir” Israel pelo ataque em Damasco.

“O regime sionista não conseguirá escapar das consequências do mal cometido. Está exposto e sabe muito bem o que vai acontecer”, afirmou o general, sem dar mais detalhes sobre a sua ameaça.

Após a cerimônia em Teerã, os restos mortais dos sete soldados serão levados para as suas cidades de origem, onde serão enterrados.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu na quarta-feira que Israel será “esbofeteado” pelo ataque a Damasco, e advertiu que os seus “esforços desesperados na Síria não os salvarão [os israelenses] da derrota” na guerra de Gaza contra o Hamas.

O ataque de segunda-feira, que causou 16 mortes segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, é o quinto atribuído a Israel na Síria em apenas uma semana.

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