Hong Kong, 04 (AE) – Dezenas de milhares de pessoas foram ao Parque Vitória, em Hong Kong, para recordar neste sábado as vítimas do massacre da Praça da Paz Celestial. Em 4 de junho de 1989, militares da China reprimiram manifestantes pela democracia na praça de Pequim.

Na capital chinesa, autoridades reforçaram a segurança no entorno da Praça da Paz Celestial (Tiananmen). O fato é uma mostra do quão ainda é sensível o tema, para a liderança do Partido Comunista.

Centenas, possivelmente milhares, de pessoas foram mortas, quando tanques e tropas entraram na praça, na noite de 3 para 4 de junho de 1989. O assunto ainda é um tabu na China e é proibido lembrá-lo em cerimônias, públicas ou privadas.

A vigília em Hong Kong foi organizada pela chamada Aliança de Hong Kong em Apoio aos Movimentos Democráticos Patrióticos na China. A entidade quer que Pequim reverta seu veredicto de que os protestos na praça seriam um levante contrarrevolucionário, além de querer que a China se torne uma democracia.

Em Pequim, a polícia verificava as identidades e vasculhava as mochilas e outros itens levados por qualquer um que desejasse entrar na praça. Jornalistas da Associated Press foram parados, filmados e ao final forçados a deixar a área, por supostamente não terem uma permissão específica para fazer registros ali.

Na capital de Taiwan, Taipei, Wu’er Kaixi, um dos líderes estudantis dos protestos de 1989 na praça chinesa, estava entre os cerca de 200 participantes de um evento na Praça da Liberdade. Antes da data, familiares dos mortos na repressão ficaram sob restrições especiais na China e alguns deles foram forçados a deixar Pequim. O governo rejeitou os pedidos deles por uma investigação independente dos eventos que levaram às mortes. Fonte: Associated Press.