HONG KONG, 17 AGO (ANSA) – Milhares de professores desafiaram a forte chuva e fizeram neste sábado (17) um protesto sem grandes tumultos em Hong Kong. Autorizada pela polícia local, o objetivo do movimento foi expressar solidariedade aos manifestantes que 11 semanas atrás começaram a declarar total discordância contra a lei de extradição da China, acusada de reduzir a autonomia da antiga colônia britânica em favor de uma maior interferência de Pequim.   

Os sindicatos dos Professores Profissionais de Hong Kong, que foram os promotores do evento, iniciaram a manifestação em Chater Garden, no coração da cidade, antes de iniciar a marcha em direção à residência da líder do governo, Carrie Lam.   

No local, os manifestantes gritaram palavras de ordem, como “protejam os estudantes” e “parem com a brutalidade policial”. Também autorizada pela polícia, uma grande manifestação está programada para acontecer neste domingo (18), segundo informou um porta-voz do movimento.   

Nas últimas semanas, milhares de manifestantes estão saindo às ruas para pedir aberturas democráticas em Hong Kong. A crise teve início devido à possibilidade da aprovação de uma lei – atualmente suspensa – que permitiria a extradição de condenados para a China continental.   

Os atos foram ganhando proporção com a inclusão de pautas democráticas. Os manifestantes ocuparam até o aeroporto internacional, um dos mais movimentados do mundo, e diversas cenas de violência foram protagonizadas pela polícia local com o objetivo de colocar fim na ocupação dos militantes.   

Após o cancelamento de diversos voos, o aeroporto retomou as atividades.   

De acordo com a polícia de Hong Kong, 748 pessoas já foram detidas por conta dos protestos. Entre os presos, 115 foram indiciados por agressão. Durante as operações, 177 agentes sofreram ferimentos.(ANSA)