Milhares de palestinos manifestaram na Faixa de Gaza nesta sexta-feira, embora tenham permanecido longe da fronteira com Israel, em meio a um clima de tensão, constataram jornalistas da AFP.

Ao menos 115 palestinos foram feridos em confrontos, 77 deles por disparos de soldados israelenses, informou o ministério da Saúde de Gaza.

Esta foi a 30ª sexta-feira consecutiva de mobilização no enclave palestino, após um aumento nas tensões há várias semanas.

Antes deste dia de manifestações, Israel havia indicado que estava disposto a responder com vigor, depois que dois foguetes foram disparados a partir do enclave palestino na direção de Israel.

A aviação israelense respondeu bombardeando uma série de alvos militares na Faixa de Gaza.

Esse surto de violência reacendeu os temores de uma escalada e até de uma quarta guerra entre Israel e o movimento islâmico Hamas, que administra o enclave.

Esta sexta-feira simbolizava uma nova prova da vontade de evitar um conflito de ambos os lados.

Israel, em um aparente aviso, posicionou dezenas de tanques e veículos blindados no norte da Faixa de Gaza, constatou um jornalista da AFP.

O emissário da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, pediu aos israelenses e palestinos que “se acalmem” e “evitem a escalada”.

Ele também lembrou no Twitter que o Egito e a ONU vinham tentando há semanas impedir a escalada.

Membros das forças de segurança do Hamas foram vistos dissuadindo os manifestantes de se aproximarem da cerca na fronteira, atrás da qual estavam posicionados franco-atiradores israelenses, constatou a AFP.