Milhares de pessoas continuam fugindo dos combates na cidade portuária de Hodeida no Iêmen, alvo de uma ofensiva desde 13 de junho pela coalizão anti-rebelde dirigida pela Arábia Saudita para expulsar os huthis, informou a ONU nesta segunda-feira (18).

Cerca de “5.200 famílias” saíram da cidade crucial para a importação de alimentos e a entrada de ajuda humanitária, disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, em seu clipping de notícias diário. Cerca de 600.000 pessoas moram nesta localidade portuária e seus arredores.

“Os ferozes combates continuavam nesta segunda-feira em Hodeida”, disse. Foi programada uma reunião sobre o Iêmen a portas fechadas no Conselho de Segurança da ONU depois do meio-dia. Se espera que o número de pessoas que fogem dos confrontos “se acentue na medida que continuem as hostilidades”, acrescentou o porta-voz.

Os Emirados Árabes Unidos, um pilar da coalizão anti-rebelde no Iêmen, exigiu nesta segunda-feira um retiro “sem condições” dos insurgentes de Hodeida para pôr fim à ofensiva.

No Iêmen, o emissário da ONU Martin Griffiths, que deveria falar no Conselho de Segurança por vídeo-conferência, enfrentou a intransigência de rebeldes reunidos na véspera em Sanaa. Ele busca o fim dos combates e evitar uma nova catástrofe humanitária em um país em guerra desde há mais de três anos.

Hodeida está sob controle dos rebeldes huthis desde 2014. Em pouco mais de três anos, a guerra deixou cerca de 10.000 mortos.

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A Arábia Saudita, sunita e grande rival do Irã (xiita) na região, acusa os rebeldes iemenitas de receber ajuda militar iraniana através do porto de Hodeida. O Irã reconhece ajudar os huthis, mas nega tê-los entregado armas.


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