Milhares de pessoas se manifestaram em Londres neste sábado (21) em apoio aos palestinos em Gaza, pedindo ao governo britânico que “pare de armar Israel” e também expressando o medo de uma escalada no Oriente Médio por causa da guerra entre o Irã e o Estado israelense.
“Não se meta com Gaza”, “Não se meta com o Irã”, indicam faixas agitadas pelos manifestantes em uma atmosfera pacífica.
Muitos gritam “Libertem a Palestina”.
A Palestine Solidarity Campaign, que organizou a passeata, conclamou o governo britânico a “parar de armar o genocídio”.
Nicky Marcus, 60 anos, já participou de várias manifestações em apoio a Gaza para “mostrar aos palestinos que eles não estão sozinhos”.
Essa editora se preocupa com o fato de que “a atenção do mundo” agora está voltada para a guerra entre Irã e Israel, em detrimento da população de Gaza, um território palestino devastado por mais de 20 meses de guerra.
“O genocídio está ocorrendo lá”, diz.
Mais de 55.700 palestinos, a maioria civis, foram mortos na ofensiva israelense em Gaza, de acordo com os números divulgados na quinta-feira pelo Ministério da Saúde do território, que a ONU considera confiáveis.
Essa guerra foi desencadeada pelo ataque sangrento do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023.
Harry Baker, um londrino de 34 anos, lamenta que “a situação ainda esteja piorando em Gaza”, sob “o olhar do mundo inteiro”.
Israel lançou um ataque aéreo maciço sem precedentes contra o Irã em 13 de junho, tendo como alvo centenas de instalações militares e nucleares e matando os principais comandantes militares do Irã.
Israel alega que o Irã está prestes a se equipar com uma bomba atômica.
O Irã, que respondeu disparando mísseis e drones contra Israel, nega que esteja tentando construir uma arma atômica./
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