Aos gritos de “renúncia” e agitando bandeiras espanholas, cerca de 25.000 pessoas se reuniram em Madri neste sábado (10) para exigir a renúncia do presidente do Governo, Pedro Sánchez, e a convocação de novas eleições.
Sob o lema “Pela dignidade da Espanha: Sánchez renuncia, Eleições Gerais já!”, manifestantes se reuniram na Plaza de Colón, no centro da capital espanhola, convocados por organizações da sociedade civil e apoiados pela direita e extrema direita.
“Traidor, vá agora” e “Pedro Chávez”, um trocadilho com o falecido líder venezuelano Hugo Chávez, eram alguns dos slogans que podiam ser lidos nas faixas.
De acordo com a delegação do governo espanhol (prefeitura) em Madri, 25.000 pessoas compareceram ao protesto.
“O governo não está à altura das tarefas do país e deve renunciar imediatamente (…) convocar eleições e deixar o povo espanhol decidir o futuro da Espanha”, disse Miguel Tellado, porta-voz parlamentar do Partido Popular (PP, de direita), o principal partido da oposição, a repórteres no protesto.
O líder socialista “está cercado de corrupção e imundície moral”, disse Isabel Pérez Moñino, uma das porta-vozes do partido de extrema direita Vox, o terceiro maior partido no Parlamento.
Outros cartazes pediam “independência judicial”, em um momento em que Sánchez está sendo atingido por investigações judiciais sobre pessoas próximas a ele, como sua esposa e seu irmão.
Desde que esses escândalos vieram à tona, o presidente do Governo acusou a direita e a extrema direita de estarem por trás de uma campanha de difamação para desestabilizar sua administração.
“Hoje o passado se manifesta, amanhã o futuro”, disse o ministro socialista para a Transformação Digital, Óscar López, aos repórteres, comparando o protesto deste sábado com outro que será realizado em Madri no domingo para defender a União Europeia e a democracia.
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