Cerca de 10.500 “lenços vermelhos”, segundo autoridades francesas, se manifestaram neste domingo (27) em Paris para “defender a democracia e as instituições”, frente à violência dos protestos dos “coletes amarelos” nas últimas semanas.

Na marcha, onde se podia ver bandeiras francesas e europeias, os manifestantes gritavam “Sim à democracia, não à revolução”. Alguns usavam camisetas com mensagens como “Eu gosto da minha república” e “Stop violência”.

A taxa de comparecimento está dentro do esperado pelos organizadores da “Marcha republicana das liberdades”, que esperavam reunir pelo menos 10 mil pessoas.

De acordo com Laurent Soulié, de 51 anos, organizador da marcha, os “lenços vermelhos” respondem a um chamado da “maioria silenciosa que está escondida em sua casa há 10 semanas”.

Ele se refere às manifestações dos “coletes amarelos”, que ocorrem todos os sábado no país há alguns meses para protestar contra a política social e fiscal do governo. Elas provocaram incidentes violentos e confrontos com forças de segurança.

De acordo com o lema da marcha, o desfile dos “lenços vermelhos” não é bem uma manifestação contra os “coletes amarelos”, nem um apoio ao presidente Emmanuel Macron, mas uma defesa ampla da República.

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Marie-Line, de 62 anos, enfermeira dos arredores de Paris, garante que “não é contra a ideia original (dos “coletes amarelos”) de protestar um pouco”, mas agora que o fim “da violência verbal ou física”.

O partido de Macron, A República em Marcha, não se manifestou sobre essa iniciativa, mas cerca de 20 deputados e seis senadores filiados ao partido participaram da manifestação.


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