29/08/2021 - 15:01
Cerca de 7.000 pessoas protestaram neste domingo(29) na Praça Syntagma, no centro de Atenas, contra a obrigatoriedade da vacinação dos profissionais de saúde, que entra em vigor na quarta-feira.
“Não somos contra as vacinas, mas contra o fascismo” e “Viva a democracia!” diziam as faixas dos manifestantes, que também carregavam bandeiras gregas.
“É incrível que eu seja suspenso do trabalho porque me recuso a ser vacinado, quando há meses ajudo a conter a epidemia, trabalhando em condições muito difíceis”, disse Christos Bakakios, motorista de ambulância.
Para Lina, uma enfermeira que pediu anonimato, “o sistema de saúde grego entrará em colapso se o pessoal de saúde que se recusar a ser vacinado for colocado em desemprego parcial”.
“Os hospitais já estão sobrecarregados, não faria sentido”, disse ela.
O governo grego decidiu tomar medidas para incentivar a população a se vacinar contra a propagação da variante delta do coronavírus.
Entre os pacientes intubados, 99% não foram vacinados. Desde 16 de agosto, os funcionários de lares de idosos estão obrigados a se imunizar.
Mais de 5,7 milhões dos 10,7 milhões de habitantes da Grécia estão totalmente vacinados, mas há a preocupação com a disseminação da variante delta no país.
Mais de 13.600 pessoas morreram pelo coronavírus na Grécia.