Milhares de ativistas antiaborto se reuniram nesta sexta-feira em Washington para sua anual “Marcha pela Vida”, encorajadas pelo apoio do presidente americano, Donald Trump.

O presidente republicano afirmou em um vídeo que se oporia a qualquer legislação do Congresso “que enfraqueça a proteção da vida humana”.

“Desde a Casa Branca até a sua casa, a vida volta a ganhar nos Estados Unidos”, disse o vice-presidente, Mike Pence, um fervoroso opositor ao aborto, à multidão reunida.

Os ativistas contrários ao aborto criticam há 46 anos a decisão emblemática da Suprema Corte no caso Roe contra Wade, que legalizou a interrupção voluntária da gravidez, em 22 de janeiro de 1973.

A direita conservadora e cristã se mobiliza todos os anos no aniversário dessa decisão judicial para pedir uma mudança na legislação.

A multidão, na qual havia muitos jovens de centros educativos religiosos, carregava cartazes com mensagens como “Escolham a vida, amem a vida” ou “Seremos sua voz”.

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A decisão da Suprema Corte “é uma atrocidade, e não sei se poderemos revertê-la, mas podemos fazer leis que definam o que é uma pessoa e deem ao feto a proteção da Constituição”, afirmou Dave Doran, que vive ao norte de Indianápolis, a 800 km de Washington.

Trump indicou para a Suprema Corte dois juízes contrários ao aborto, o que faz com que os defensores dessa prática temam uma mudança de critério no mais alto tribunal dos Estados Unidos.

Desde 1973, foram tomadas muitas medidas para dificultar o acesso à interrupção voluntária da gravidez por iniciativa de responsáveis políticos antiaborto.

Em novembro, os eleitores do Alabama aprovaram uma emenda à Constituição do estado que dá ao feto os mesmos direitos das pessoas.


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