Personalidades culturais e políticas manifestaram solidariedade nesta sexta-feira à popular cantora argentina Lali Espósito, acusada pelo presidente Javier Milei de enriquecer “à custa da fome das crianças” por sua participação em festivais com auxílio estatal.

Membros do partido de direita Proposta Republicana (PRO), aliado do presidente ultraliberal, também expressaram apoio à artista que ganhou fama ainda criança nas novelas “Casi Ángeles” e “Chiquititas”.

“Respeito, embora não compartilhe, que o seu plano (de governo) dê as costas ou não priorize a cultura, mas acredito que a demonização de uma indústria e das pessoas que a compõem não é o caminho. Sinto que a assimetria de poder entre você e àqueles que ataca por pensar diferente, além das informações falsas, tornam seu discurso injusto e violento”, respondeu Espósito em carta ao presidente nas redes sociais.

Milei a criticou publicamente várias vezes desde que a militante feminista publicou uma mensagem na qual afirmou que era “perigoso e triste que existam pessoas que votem em um antidireito”, após sua vitória eleitoral em agosto.

Em entrevista à emissora La Nación+, o presidente também fez trocadilho com seu sobrenome e a palavra ‘depósito’. Nas redes sociais afirmou: “Além disso, dizem que ‘a grande artista’ não canta, mas usa play-back”.

Lali Espósito, de 32 anos, começou como atriz aos 10 anos. Estudou teatro e cinema antes de iniciar a carreira musical, participar de turnês internacionais com Katy Perry, Camila Cabello e Ricky Martin, além de compor e lançar cinco álbuns solo.

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