ROMA, 17 NOV (ANSA) – A província de Milão conquistou mais uma vez a liderança do ranking de maior qualidade de vida na Itália, graças a boas avaliações em quesitos como disponibilidade de serviços, renda, gestão de infraestrutura e vitalidade do tecido produtivo.
A capital econômica do país ficou em primeiro lugar na classificação elaborada pelo site ItaliaOggi e pela agência de comunicação Ital Communications, em colaboração com a Universidade de Roma La Sapienza, pelo segundo ano consecutivo.
Milão é seguida pelas províncias de Bolzano, na vice-liderança, e Bolonha, em terceiro lugar. Todas elas ficam no norte da península, historicamente mais rico e industrializado que o sul, que mais uma vez ocupa as últimas posições, com Caltanissetta (107ª colocada), Crotone (106ª) e Reggio Calabria (105ª).
Já as províncias que mais avançaram no ranking são Rimini (12ª) e Ascoli Piceno (15ª), situadas no centro-norte e no centro da Itália, respectivamente, com mais de 20 posições conquistadas em relação a 2024. Por outro lado, Foggia (de 93ª para 104ª), no sul, e Pordenone (de 9ª para 23ª) e Gorizia (de 26ª para 52ª), no norte, registraram quedas bruscas.
O estudo analisa nove dimensões para ranquear a qualidade de vida nas províncias italianas: negócios e trabalho; meio ambiente; educação e formação; demografia, crimes e segurança; renda e riqueza; segurança social; sistema de saúde; turismo; e entretenimento e cultura.
Segundo o estudo, a qualidade de vida é considerada aceitável ou boa em 60 das 107 províncias, quase todas elas no norte.
“A edição deste ano confirma três tendências: a crescente divisão entre o centro-norte, mais resiliente, e o sul, cada vez mais vulnerável; a presença de grandes áreas de dificuldades sociais no sul, difíceis de serem abordadas no atual quadro das finanças públicas; e o fortalecimento da primazia das províncias e cidades metropolitanas do centro-norte, que, mesmo no atual clima econômico e geopolítico, demonstram a maior resiliência”, explicou Alessandro Polli, professor de estatística econômica na Sapienza. (ANSA).