MILÃO, 4 DEZ (ANSA) – O Museu Nacional de Ciência e tecnologia Leonardo Da Vinci, em Milão, inaugurou um novo espaço educacional de 400 metros quadrados que pretende ser o primeiro museu destinado a crianças de 3 a 6 anos de idade.   

Batizado “PlayLab” é dedicado à infância e é um convite aberto ao brincar de forma criativa e a uma viagem à imaginação que nasce da longa experiência em programas e espaços educativos que o Museu desenvolve e oferece às escolas e famílias desde a década de 1990.   

Por missão, o Museu contribui para a educação, a orientação, o bem-estar e a coesão social, disponibilizando ferramentas que se expressam em atividades e cursos dedicados às escolas e às famílias.   

E é neste contexto e a partir da consideração cada vez mais emergente de que, em uma sociedade complexa é fundamental construir, desde cedo, uma relação com a ciência e a tecnologia, que se enquadra o projeto em que os protagonistas são meninos e meninas entre 3 e 6 anos.   

No PlayLab, cada ambiente e experiência é pensado para colocar as crianças no centro do processo de aprendizagem, convidando-as a descobrir o que as rodeia através da observação, interação, exploração e contação de histórias como ações fundamentais para o desenvolvimento do pensamento científico, social e emocional.   

“Transformar e Explorar” são os dois temas que nortearam a concepção do espaço e a interpretação dos conteúdos sobre ciência, tecnologia, engenharia e matemática de forma transversal.   

Cada atividade e cada ambiente propõem os temas da exploração e transformação através de uma interpretação científica, fantástica e narrativa. O objetivo é criar um ambiente adequado para construir uma atitude ativa e curiosa perante o mundo e lançar as bases para a aquisição de conhecimentos e competências úteis para desenvolver uma relação positiva com a ciência desde a infância.   

“Durante os últimos 20 anos, o compromisso educativo definido pela missão e a vontade de contribuir para o bem-estar e a coesão social da sociedade levaram o Museu a dirigir-se e a servir públicos diversificados. Apoiar as gerações mais jovens, a escola e a comunidade educativa são, portanto, uma expressão da orientação estratégica da instituição”, explica Francesca Pasinelli, membro do Conselho de Administração do Museu Nacional de Ciência e Tecnologia.   

Segundo ela, “o PlayLab completa e integra este compromisso na convicção de que em uma sociedade complexa como a que vivemos é necessário construir, desde cedo, uma relação pacífica com a ciência e a tecnologia que estabeleça as bases para uma vida ativa, criativa, cidadania consciente e inclusiva”.   

O espaço inovador está organizado em cinco salas e oferece dois modos de utilização diferentes: quatro caracterizam-se por instalações artísticas e atividades de exploração, construção e contação de histórias, onde os visitantes podem circular livremente. O último, o Atelier, dedica-se a roteiros estruturados, seguindo a tradição dos laboratórios interativos do Museu, e convida a aprofundar, experimentar, partilhar ideias e refletir sobre as suas próprias experiências.   

As salas incentivam os menores a não separar as múltiplas dimensões da experiência de aprendizagem ou simplificá-la. Pelo contrário, tentam enriquecê-lo através de linguagens e ferramentas de exploração e descoberta muito diferentes.   

Portanto, cada sala tem uma característica própria e nasce do diálogo e do planejamento partilhado entre o corpo docente e outras figuras, tanto internas do Museu (designers e curadores) como externas (artistas, professores e pedagogos).   

A primeira sala é uma floresta de cenas e formas que lembram árvores e contam com ninhos para balançar e se esconder, uma paisagem sonora feita de cantos de pássaros, ruídos e sussurros da floresta. Já a segunda sala abriga “Le Beau Chantier”, uma instalação específica do local nascida da colaboração com dois escultores e coreógrafos franceses, Yvan Clédat e Coco Petitpierre.   

Este é um grande espaço povoado por estruturas simples que devem ser inventadas: círculos, triângulos, formas de espuma macia e colorida que meninas, meninos e os adultos que os acompanham podem usar, combinar e vestir para imaginar e construir o seu próprio ambiente-paisagem.   

A terceira sala oferece diversas atividades que mudam de acordo com a programação. Por exemplo, desenhar com feixes de luz e materiais transparentes e explorar reflexos para preencher uma floresta digital imaginativa com animais.   

Por fim, a quarta é a sala de histórias e objetos, que visa criar conexões com o acervo do Museu por meio da contação de histórias e do jogo simbólico.   

O último ambiente, o Atelier, é um espaço onde o corpo docente do Museu, por vezes apoiado por convidados especiais como artistas, músicos, atores ou contadores de histórias, oferece um programa de atividades facilitadas para o público escolar e para as famílias, proporcionando aos visitantes dedicar tempo a um trabalho mais profundo.   

“O PlayLab é, hoje, a expressão da nossa reflexão pedagógica mais avançada e o resultado de longas pesquisas sobre temas, abordagens e linguagens que visam valorizar a natureza complexa e maravilhosa da infância”, afirma Maria Xanthoudaki, diretora de Educação do Museu. (ANSA).