MILÃO, 25 JUN (ANSA) – O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, assinou neste sábado (25) um decreto com uma série de medidas emergenciais para lidar com a seca, como o fechamento de todas as fontes da cidade.   

A medida foi tomada um dia após a Lombardia, região mais populosa da Itália, decretar estado de emergência em função da estiagem.   

“A emergência da seca persiste e medidas devem ser tomadas.   

Ontem a região da Lombardia decretou estado de emergência hídrica até 30 de setembro e acreditamos que é correto fazer a nossa parte adotando uma portaria que convida os cidadãos a minimizar a utilização de água potável para uso doméstico e para irrigação de gramados, jardins privados e limpeza de terraços e pátios”, escreveu ele no Facebook.   

Além do convite para minimizar o uso de água potável, o município de Milão decidiu fechar todas as fontes, exceto “onde há fauna e flora e os lagos/canais dos parques da cidade”.   

Sala também determinou “a suspensão da irrigação por pulverização de gramados e áreas verdes, exceto a irrigação por gotejamento que afeta o novo plantio de árvores” que deve ser preservado.   

De acordo com o prefeito de Milão, as fontes da cidade permanecerão abertas, dado que as temperaturas estão acima dos 30ºC há semanas e por causa da chegada de uma nova onda de calor.   

Para reduzir o consumo de energia e, portanto, diminuir o risco de apagões, Sala recomendou manter a temperatura dos escritórios, lojas e casas em 26ºC. Além disso, todas as lojas terão de manter as suas portas fechadas e a mesma temperatura.   

Por fim, o prefeito italiano anunciou ter solicitado a ativação de poços geotérmicos privados com descarga em massas de água para aumentar a alimentação máxima de cada canal ou esgoto.   

A cidade de Milão está localizada na Lombardia, uma das quatro regiões atravessadas pelo Pó, maior rio do país em extensão e que enfrenta sua pior estiagem em 70 anos. Partes da Itália setentrional registram mais de 100 dias sem chuvas, cenário que se agravou com o aumento das temperaturas nos últimos dias.   

Regiões de todo o país, inclusive, pressionam o governo italiano a decretar estado de emergência em âmbito nacional por conta da seca, mas o gabinete do premiê Mario Draghi ainda está definindo os parâmetros para implantar essa medida. (ANSA)