TURIM, 24 MAI (ANSA) – A Procuradoria de Turim, na Itália, abriu uma investigação nesta segunda-feira (24) após um jovem migrante de 23 anos, que era natural da Guiné, ter se suicidado em um centro de acolhimento na cidade.
Em 9 de maio, o jovem havia sido espancado por três italianos em uma rua de Ventimiglia, cidade próxima à fronteira entre Itália e França. Por conta da agressão, ele havia sido transferido para o centro de atendimento de Turim.
O corpo do jovem foi encontrado por funcionários do estabelecimento, que relataram às autoridades que ele se suicidou usando o lençol da cama onde dormia. Ele já foi encontrado sem vida.
O comissário nacional para os direitos das pessoas privadas de liberdade, Mauro Palma, reconheceu que o rapaz “não foi acompanhado como sua situação solicitava”.
“Uma pessoa confiada à responsabilidade pública deve ser cuidada e tratada de maneira que leve-se em conta a sua situação específica, de eventual vulnerabilidade e de fragilidade. Isso não aconteceu”, acrescentou Palma.
Os três agressores, que têm 28, 38 e 44 anos, foram presos após imagens gravadas por pessoas que viram a cena terem sido enviadas à polícia. O motivo da ação dos criminosos ainda está sendo investigado: os agressores dizem que ele tentou furtar um celular; já testemunhas dizem que o rapaz discutiu com um casal dentro de uma loja.
No entanto, as imagens mostram que, após a discussão, o grupo de agressores seguiu o rapaz pela rua e o agrediram com uma barra de ferro mesmo quando ele estava caído. A ação das pessoas que acompanhavam a cena, gritando e dizendo que o jovem estava sendo assassinado, fez com que os três acusados fugissem do local.
(ANSA).