O ano registrou números inéditos na questão migratória, além de temperaturas mundiais inéditas e novos dois melhores tempos alcançados em maratonas. Confira alguns dos dez recordes registrados ao longo de 2023.

– 114 milhões de deslocados –

Conflitos na Ucrânia, Sudão, Mianmar, República Democrática do Congo, crise humanitária no Afeganistão, Somália: nunca os números de deslocados no mundo foram tão altos, com 114 milhões contabilizados no final de setembro, segundo os últimos dados compilados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). Depois, a guerra entre Israel e Hamas após o ataque excepcional de 7 de outubro que causou 1,7 milhão de novos deslocados, segundo a ONU.

– Temperaturas mundiais recordes –

A temperatura média na superfície do globo bateu recordes nos 11 primeiros meses do ano, segundo o observatório europeu Copernicus: de janeiro a novembro, a temperatura foi 1,46°C maior em média do que durante o período 1850-1900; 2023 deve ser o ano mais quente já registrado na média anual.

– Índia, o país mais populoso –

A Índia ultrapassou a China como o país mais populoso do mundo, com mais de 1,425 bilhão de habitantes, segundo a ONU. A população chinesa alcançou o ponto mais alto de 1,426 bilhão em 2022 e começou a diminuir logo depois, enquanto a população indiana segue crescendo, segundo o Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais.

– Taxas de juros europeias em seu ponto mais alto –

Para controlar a inflação, o Banco Central Europeu (BCE) aumentou suas taxas básicas dez vezes consecutivas, até levar sua principal taxa ao seu maior valor histórico de 4% este ano, afetando o consumo, os investimentos, o mercado imobiliário e, por fim, o crescimento na zona do euro.

– A sede de petróleo não diminui –

A demanda por petróleo deve superar novos recordes em 2023 e depois em 2024 com entre 102 a 103 milhões de barris diários, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). A sede de energia fóssil continua sendo muito grande para respeitar os objetivos climáticos, apesar do aumento “fenomenal” das energias limpas, advertiu a AIE.

– Forte multa para o Facebook –

Dono da rede social Facebook, o grupo americano Meta foi multado em maio com um valor recorde de 1,2 bilhão de euros (6,46 bilhões de reais) pelo órgão regulador irlandês, que atuava em nome da UE, por ter violado as regras europeias de proteção de dados pessoais, o conhecido RGPD que, ao entrar em vigor em 2018, se tornou uma referência mundial no assunto.

– Duplo recorde na maratona –

O recorde do mundo da maratona foi pulverizado duas vezes este ano: no masculino por um queniano de 24 anos, quase desconhecido, Kelvin Kiptum (2h00:35) e no feminino por uma etíope de 27 anos, praticamente novata, Tigst Assefa (2h11:53).

– O tenista com mais títulos –

O tenista sérvio Novak Djokovic tornou-se, em 2023, o jogador masculino com mais títulos de todos os tempos, ao ganhar, em junho, seu 23º título de Grand Slam em Roland Garros e depois o 24º título em setembro no US Open. Alcançou a lendária tenista australiana Margaret Court, que conquistou 24 títulos entre os anos 60 e 70.

– Freddie sempre no topo –

Um leilão de 1.400 objetos que pertenciam ao famoso cantor do Queen, Freddie Mercury, conseguiu, em setembro, 40 milhões de libras (46,5 milhões de euros ou 250 milhões de reais), um recorde para esse tipo de coleção. O piano de cauda no qual compôs todos os seus sucessos desde “Bohemian Rhapsody” foi vendido por dois milhões de euros (10,78 milhões de reais).

– O cachorro mais idoso do mundo –

Reconhecido em fevereiro pelo Guinness World Record como o cachorro mais idoso do mundo, Bobi morreu aos 31 anos de idade em outubro depois de uma vida tranquila em um pequeno povoado do centro de Portugal. Esse cachorro da raça rafeiro, cuja expectativa de vida não passa dos 14 anos, vivia cercado de gatos. Talvez esse tenha sido o segredo de sua longevidade.

ot/mw/ang/mm/eg/dd/aa/mvv/fp

Meta