Mídia investiga morte de jornalista ucraniana em prisão russa

ROMA, 30 ABR (ANSA) – A Ucrânia acusou a Rússia nesta quarta-feira (30) de intensificar seus ataques contra o país durante a semana, deixando ao menos dois mortos nas cidades de Dnipro e Donestek durante a noite.   

Segundo publicação nas redes sociais do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, “Kharkiv” e “Dobropillya” também foram atingidas.   

Foram “mais de 100 drones de ataques russos nesta noite, 375 no início da semana, dos quais mais de 190 são [do tipo] ‘shahed'”, escreveu Zelensky, reforçando seu pedido “de pressão da parte dos Estados Unidos, da Europa, de todos aqueles no mundo que acreditam que a guerra não tenha lugar na Terra”.   

O líder de Kiev também destacou que”para proteger nosso povo, precisamos de sistemas adicionais de defesa aérea que tornarão o terror aéreo da Rússia impossível”.   

O relato de Zelensky nas redes sociais chega um dia após o jornal Ukrainska Pravda revelar que o corpo da jornalista ucraniana Viktoriia Roshchyna, que colaborava com o veículo como freelancer, tinha diversas marcas de tortura, além da falta de alguns órgãos. A repórter faleceu em uma prisão na Rússia.   

Para homenagear Roshchyna, a mídia dedicou-lhe o “Projeto Viktoriia: A história de prisão e tortura sofrida pela jornalista Roshchyna e milhares de ucranianos presos pela Rússia”, uma iniciativa internacional lançada pela Forbidden Stories com o envolvimento de veículos de comunicação de todo o mundo- incluindo The Guardian, Washington Post, Le Monde, Die Zeit, Der Spiegel e France 24 – para investigar as circunstâncias da prisão de Roshchyna e dos ucranianos mantidos em cativeiro por Moscou. (ANSA).