A Microsoft se uniu nesta quinta-feira (11) a outros gigantes tecnológicos da concorrência ao anunciar que proibirá a polícia de usar suas ferramentas de reconhecimento facial, devido à ausência de regulamentação governamental.
“Não venderemos tecnologia de reconhecimento facial aos departamentos de políca dos Estados Unidos até que tenhamos uma lei nacional, baseada nos direitos humanos, que regirá esta tecnologia”, disse o presidente da Microsoft, Brad Smith, ao jornal The Washington Post.
Os comentários seguem decisões semelhantes das concorrentes Amazon e IBM, em meio à pressão exercida por ativistas diante das grandes empresas tecnológicas com o objetivo de restringir o desenvolvimento de ferramentas criadas por estas empresas, que poderiam ser utilizadas para discriminar as minorias.
“A conclusão que chegamos é proteger os direitos humanos das pessoas à medida em que se implementa esta tecnologia”, afirmou Smith.
Em 2018, a Microsoft anunciou que implementaria uma série de princípios antes de lançar a tecnologia de reconhecimento facial, incluindo a “justiça”, a não discriminação e a vigilância legal.
Os movimentos das empresas de tecnologia ocorrem em meio aos protestos generalizados pela violência policial e a preocupação de que os sistemas de reconhecimento facial sejam falhos, especialmente ao analisar as características dos afroamericanos.
Os ativistas também afirmam que as ferramentas tecnológicas podem usar algorítmos que discriminam, intencionalmente ou não, contra os negros.