Coluna: André Cardozo

Coluna que cobre temas como cloud computing, Inteligência Artificial e outras tendências do mundo da tecnologia. Editada por André Cardozo, jornalista com mais de 20 anos de experiência na cobertura de tecnologia

Microsoft rebate acusação de abuso de poder na nuvem

Microsoft rebate acusação de abuso de poder na nuvem

Falamos por aqui há algumas semanas sobre a investigação de autoridades do Reino Unido sobre possíveis práticas anticompetitivas da Microsoft no mercado de nuvem daquele país.

Nesta semana, a empresa enviou sua defesa, em um longo documento de 101 páginas. E não pegou leve nas palavras.

“O atual cenário de competição no mercado de nuvem simplesmente não altera e não vai alterar os preços de software legados da Microsoft”, diz o texto. O trecho rebate a acusação feita pela CMA (Competition Markets Authority) de que a MS estaria usando a dobradinha Windows/Office para “estimular” a adoção da nuvem Azure e prejudicar a concorrência.

A Microsoft observou ainda que o atual mercado de nuvem pública tem como líder a AWS, e Google e Oracle também vêm avançando. Ou seja, segundo a empresa, há um alto grau de competitividade no mercado.

Na mira da lei

Após 15 meses de investigação, a CMA publicou em janeiro uma decisão provisória que afirma que o mercado de nuvem do Reino Unido é “altamente concentrado”, com Microsoft e AWS apontadas como líderes com força dominante.

Dessa forma, a CMA avalia designar ambas as empresas como “fornecedores de tecnologia estratégicos”. Essa designação é reservada para empresas com força para ditar os rumos de mercado em um determinado setor, e torna as companhias suscetíveis a leis e controles específicos.

Em sua resposta, a Microsoft afirma que a posição da CMA “não reflete como o mercado de nuvem funciona na prática e se baseia em cenários hipotéticos”. A decisão final da CMA sobre o caso deve ocorrer apenas no segundo semestre.