Um país insular remoto do Pacífico pretende vender seus passaportes para financiar a ação climática, mas enfrenta dificuldades para atrair novos cidadãos.
O microestado de Nauru, um dos menores países do mundo, com uma extensão de 21 quilômetros quadrados, iniciou há seis meses a comercialização dos “passaportes de ouro” como uma forma de financiar a luta contra as mudanças climáticas.
Com um valor de 105.000 dólares (574.000 reais) cada, Nauru espera arrecadar mais de 5 milhões de dólares (27,3 milhões de reais) no primeiro ano do programa de “cidadania de resiliência climática”.
Desde o início do plano, no entanto, Nauru aprovou apenas seis solicitações, incluindo duas famílias e quatro indivíduos.
Apesar do início lento, Nauru acredita que conseguirá vender 66 passaportes no primeiro ano do programa e o presidente David Adeang está otimista.
“Damos as boas-vindas aos nossos novos cidadãos, cujo investimento ajudará Nauru a assegurar um futuro sustentável e próspero para as próximas gerações”, declarou Adeang à AFP.
O país espera que o programa gere um total de 43 milhões de dólares (234 milhões de reais), com quase 500 pedidos bem-sucedidos.
Mas há temores de que o programa seja utilizado para abusos. Edward Clark, diretor do programa de passaportes climáticos, disse que uma solicitação foi retirada depois que as autoridades relataram “constatações adversas” em uma revisão de antecedentes.
O passaporte de Nauru oferece entrada livre de visto para mais de 80 países.
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