Microchip para tratamento do TOC é inserido em paciente pela 1ª vez no Brasil; entenda como funciona

Divulgação/SOS Cárdio
A enfermidade é uma condição em que o paciente sofre com pensamentos intrusivos e comportamentos compulsivos, que acabam por prejudicar a qualidade de vida do indivíduo Foto: Divulgação/SOS Cárdio

Uma unidade de saúde de Florianópolis se tornou pioneira em Santa Catarina após possibilitar um procedimento médico como forma de tratamento ao TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). De acordo com o hospital SOS Cárdio, a cirurgia envolve a inserção de um microchip no cérebro do paciente, e é indicada apenas para pessoas que não responderam aos tratamentos “convencionais” para o distúrbio.

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Segundo a SOS Cárdio, quem realiza as operações é o neurocirurgião Wuilker Knoner Campos, e a técnica utilizada é a DBS (Estimulação Cerebral Profunda – em tradução), que também é aplicada em outras enfermidades como a epilepsia, doença de Parkinson, depressão e transtorno de agressividade. No processo, são utilizadas descargas elétricas destinadas a partes específicas do cérebro.

Segundo o especialista, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, a melhora ocorre entre três e seis meses após a instalação do microchip. A operação médica, chamada de psicocirurgia Estereotáxica no Tratamento do TOC, já havia sido praticada com sucesso em diversos países.

“Essa cirurgia é um avanço importante e representa uma esperança renovada para pacientes com TOC que não conseguem resultados em outros tratamentos, abrindo caminho para uma vida livre deste transtorno”, afirmou o neurocirurgião, complementando que tais procedimentos demonstram resultados promissores, proporcionando alívio para muitos dos pacientes que sofrem com a enfermidade.

A enfermidade é uma condição em que o paciente sofre com pensamentos intrusivos e comportamentos compulsivos, que acabam por prejudicar a qualidade de vida do indivíduo.