Neste sábado, 26, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) manifestou apoio público ao ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), após ele propor pena mais branda a Débora Rodrigues dos Santos. A cabeleireira foi condenada pela Corte por pichar, com os dizeres “perdeu, mané”, a estátua “A Justiça”, durante os atos de 8 de janeiro. Ela foi sentenciada a 14 anos de prisão e pagamento de multa de R$ 50 mil.
A pena proposta a Débora seguiu o voto do relator Alexandre de Moraes, acompanhado por Cármen Lúcia e Flávio Dino. Fux, porém, havia sugerido pena de 1 ano e seis meses de reclusão, além do pagamento de multa proporcional ao salário mínimo, propondo punição apenas pelo crime de dano ao patrimônio protegido.
Para o ministro, Débora deveria ser absolvida de acusações como golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Já Moraes e outros ministros sustentam que a cabeleireira cometeu cinco crimes, incluindo associação criminosa armada e dano qualificado.
“Não era o que desejávamos, mas a postura do ministro Fux — único juiz de carreira — foi mais sensata do que a de todos os outros, incluindo a de uma ministra”, publicou Michelle Bolsonaro, em suas redes sociais. “Uma fagulha de bom senso! Parabéns, ministro Fux, por sua decisão, contrariando os demais. Que Deus toque os corações deles também!”, completou.
Os advogados de Débora Rodrigues, por sua vez, afirmaram em nota que o voto de Fux demonstra a necessidade de corrigir “excessos” nos processos relacionados aos eventos de janeiro de 2023 e anunciaram que irão recorrer da decisão.

Story de Michelle Bolsonaro