Ao que parece, a vocação autoritária da família não é uma exclusividade do ex-capitão do Exército, propagandista aloprado de cloroquina e atual presidente da República, Jair Bolsonaro. Sua esposa, a primeira-dama Michelle, hoje conhecida nacionalmente por Micheque, dá mostras de ser ainda mais, digamos, milica que o maridão. Explico.

O Brasil inteiro apelidou a receptora dos cheques suspeitos do casal Queiroz, de Micheque. Figuras públicas são assim mesmo, ué. Lula é Luladrão, Nine Fingers, Barba… O enteado, o bolsokid Eduardo, é o Bananinha. O próprio marido é Bozo, Coiso. Aliás, a família Bolsonaro é useira e vezeira em apelidar pejorativamente os outros. Quem não se lembra da Joice Hasselmann e o Pepa Pig?

Micheque, digo Michelle, promete processar quem lhe zoar. Quer meu CPF e endereço, primeira-dama? Aliás, expediente idêntico ao usado pelo PT. É impressionante como o bolsonarismo e o petismo são praticamente idênticos. Mas não acabou, não: Micheque quer censurar a música de uma banda de rock que faz paródia com o caso Queiroz. Pior ainda. Quer censurar publicamente e em ambientes privados também. Sim, leitor amigo! Nem aí, no seu humilde cafofo, você poderá ouvir a canção.

Resta saber agora como Micheque e os bate-paus do bolsonarismo irão conseguir controlar o que escutamos durante o banho sagrado. Publicamente, talvez, dadas as circunstâncias do nosso judiciário, não é impossível que consigam censurar a brincadeira. Mas invadir a intimidade das pessoas, nem o regime militar ousou. E, se ousou, não conseguiu. Quero ver o Bananinha alocar um cabo e um soldado em cada lar brasileiro, hehe. Essa gente, além de tudo, é patética.